És tú, Brasil, ó Pátria amada!
Dados sobre Renda, Inflação, Consumo, Desenvolvimento, PIB, Juros, Impostos e emprego.
Emprego, Renda e Consumo.
Desemprego em setembro de 2010 foi de 6,2%, representando a me
nor taxa mensal da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), iniciada em março de 2002 -
IBGE.
- O número de desocupados, de 1,48 milhões em setembro, indicou uma queda de 7,5% ante agosto e um recuo de 17,7% em relação a setembro de 2009. - IBGE
- Pela primeira vez na série histórica, o número de desocupados nas seis regiões ficou abaixo de 1,5 milhão de pessoas, somando 1,48 milhão. - IBGE
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O número de ocupados nas seis principais regiões metropolitanas do País somou 22,28 milhões de pessoas em setembro, com aumento de 0,7% ante agosto e alta de 3,5% na comparação com setembro de 2009. - IBGE
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A massa de rendimento médio real (descontada a inflação) habitual dos trabalhadores nas seis principais regiões metropolitanas do País chegou a R$ 33,8 bilhões em setembro, informou o IBGE. O resultado representa uma alta de 2,1% em relação a agosto e um aumento de 10,1% na comparação com setembro de 2009. - IBGE
- Já a massa de rendimento médio real efetivo somou R$ 33,5 bilhões em agosto, com alta de 2,6% em relação a julho e um aumento de 10,5% ante agosto do ano passado. A renda real efetiva sempre se refere ao mês anterior ao da taxa de desemprego. - IBGE
Evolução Real do Salário Mínimo
De acordo com o DIEESE, o aumento real do salário mínimo de 2003 a 2010 foi de 53,67%, com ritmo mais acelerado durante o segundo mandato do Governo Lula, depois de ter estabilizado a inflação no primeiro mandato, como mostra Ribamar Oliveira (Valor, 19/08/10). O aumento do piso salarial tem impacto social muito positivo, pois repercute sobre aos benefícios da Previdência Social e dos Programas de Assistência Social, que têm o salário mínimo como referência.
Dados do Ministério da Fazenda (Política Fiscal 2002-2010) mostram que as transferências de renda para as famílias cresceram 2,4 pontos percentuais do PIB de 2003 a 2009. O aumento foi maior, pois nesse cálculo não se incluiu os benefícios previdenciários para os servidores públicos federais. As despesas com os benefícios previdenciários do regime geral, mais conhecido como INSS, aumentaram 1,18 pontos percentuais do PIB no mesmo período. Os benefícios assistenciais (LOAS e renda mensal vitalícia) subiram 0,6 ponto percentual do PIB, o abono e seguro desemprego subiram 0,3 ponto percentual e o Bolsa Família, 0,3 ponto percentual. As demais despesas do governo subiram pouco em proporção do PIB. Em outras palavras, a marca do governo Lula foi a transferência de renda às famílias.
Blog do Fernando Nogueira Costa,
Professor de economia da Unicamp
Inflação, PIB, Desenvolvimento, Crescimento, Impostos e Juros.
Superávit primário
2002 -- 3,2% do PIB
2006 -- 3,2% do PIB
2010 -- 2,8% do PIB
Pós - Os recursos obtidos com a redução do aperto fiscal têm ajudado a elevar investimentos em infraestrutura.
Contras – Adotadas por dez anos para restabelecer a confiança dos investidores,as metas fiscais perdem a credibilidade.
Crescimento Econômico
2002 - -2,7%
2006 -- 4%
2010 -- 7,6%
Pós - A economia brasileira vive o período de maior prosperidade desde que a inflação foi controlada com o plano real, de 1994.
Contras – O crescimento ainda é concentrado no aumento do consumo; a taxa de investimento do país ainda está entre as menores do mundo.
Inflação (IPCA)
2002 - -12,5%
2006 -- 3,1%
2010 -- 5,1%
Pós - Graças ao dólar em baixa, que barateia as importações, não a risco de descontrole.
Contras – Tende a superar neste ano e no próximo a meta de 4,5%, o que pode levar a alta dos juros.
Juros (taxa do banco Central)
2002 - -25%
2006 -- 13,25%
2010 -- 10,75%
Pós - Ficaram para trás as taxas superiores a 20% anuais, que faziam a divida publica disparar.
Contras – Ainda estão entre os mais altos do mundo, o que atrás um volume indesejado de capital externo especulativo.
Dívida Publica
2002 -- 60,6% do PIB
2006 -- 47% do PIB
2010 -- 40,9% do PIB
Pós – O endividamento interno e externo do governo caiu a patamares considerados seguros no mercado.
Contras – A dívida pública praticamente não cai desde o ano passado, devido ao aumento de gastos do governo.
Dólar
2002 -- R$ 3,53
2006 -- R$ 2,14
2010 - -R$ 1,70
Pós – Além de garantir inflação mais baixa, o dólar barato facilita a importação de máquinas e equipamentos.
Contras – Os produtos brasileiros ficam mais caros no exterior, o que prejudica as exportações e pode causar desemprego.
Balança Comercial
2002 - US$ 13,2 bi
2006 - US$ 46,5 bi
2010 - US$ 16 bi
Pós – Exportações e importações vêm se recuperando da queda provocada pela crise global no ano passado.
Contras – Com dólar barato e consumo acelerado, os saldos comerciais têm caído e o governo já vê risco de déficit em 2011.
Transações de bens e serviços no exterior
2002 -- US$ 7,6 bi
2006 -- US$ 13,6 bi
2010 -- US$ 50 bi
Pós - Embora crescente, o déficit tem sido coberto com tranquilidade por investimentos estrangeiros.
Contras – O governo não tem conseguido deter a queda do dólar, o déficit tende a continuar crescendo.
Reservas cambiais
2002 -- US$ 37,8 bi
2006 -- US$ 85,8 bi
2010 -- US$ 275,2 bi
Pós – Em volume recorde, as reservas em moeda forte do Banco Central protegem o país de crises externas.
Contras – O governo é obrigado a se endividar no mercado domestico, a juros altos, para comprar os dólares.
OBS: Ver link: http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2010/11/02/heranca-bendita-2/
Compare a “herança maldita” que Lula recebeu em 2003 com a “herança bendita” que ele deixa para Dilma, segundo Folha de S.Paulo, 01/11/10.